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13 de set. de 2011

YOGA BRAZIL --- MEDITAÇÃO SOBRE A RAIVA


O que fazemos quando a raiva surge, mesmo apesar de termos dado o melhor de nós para cultivar um coração puro e para sermos compassivos? Como lidamos com o fato de que consistentemente reagimos emocionalmente a circunstâncias irritantes, assim minando nossas tentativas de superar a raiva? O único modo de treinarmos nossa mente é nos prepararmos para o fato de que alguém inevitavelmente empurrará nossos botões.

Vá a uma sala privada em sua casa ou nas colinas, e imagine que a pessoa que o incomoda está dando o melhor de si para enfurecê-lo. Pense sobre o quê você faria. Você iria provavelmente querer fazer com ela exatamente o que ela fez com você. Mas que bem isso faria? Como isso ajudaria ambos vocês? Seu adversário está plantando as sementes do karma negativo. Se você seguir o exemplo dela, o quão esperto você é? Se um lunático pula de um penhasco, o quão sábio seria segui-lo?

Quando alguém o prejudica, não há absolutamente qualquer benefício em prejudicá-lo como resposta. Se você vir uma discussão chegando, diga a você mesmo que isso não irá ajudar nem a você nem à outra pessoa, mas sim causará mais negatividade, e então volte para trás. Se você sentir que está certo sobre algo, uma discussão se suceder e alguém sofrer como resultado, o quão certo você pode ter estado? Não importa o quão justificado você possa se sentir, deixe isso ir. Isto requer paciência e antecipação porque nossas reações são muito habituais.

A vida humana é extremamente preciosa. Discutir é um mau uso terrível da oportunidade que temos. Devemos viver nossas vidas sabendo que as pessoas que amamos não estarão sempre conosco. Quando um relacionamento com alguém acaba, é muito tarde para nos arrependermos de nunca termos sido muito bondosos porque desperdiçamos muito tempo discutindo.

Nós sozinhos somos responsáveis pelo que experienciamos. Nossa realidade não é criada por ninguém além de nós mesmos. Quando experienciamos o inferno, isso é uma reflexão direta da raiva em nossa própria mente — assim como um pesadelo terrível não é nada mais que uma projeção da mente. Se não queremos experienciar o inferno, não devemos deixar a raiva envenenar nossa mente.

O karma é infalível. Se plantar sementes de cevada no solo, você não pode esperar que arroz cresça lá. É absurdo esperar que a raiva e a agressão levem à felicidade. A negatividade não pode produzir resultados positivos. Se houver um incêndio no chão de sua cozinha, e em sua confusão tentar apagá-lo empilhando mais lenha nele, você apenas o fará aumentar. Se alguém estiver com raiva de você, respondendo com raiva você mesmo piorará a situação e criará causas para infelicidade futura.

Examinar a raiva deste modo é chamado contemplação. A meditação envolve trazer algo à mente de novo e de novo. Saber apenas de modo apenas superficial que você experiencia a raiva é como saber que há um buraco em suas calças. Se colocar um remendo nelas, você não poderá mais ver o buraco, mas assim que se levantar, o remendará cairá. Se você não integrou completamente, nas profundezas de seu coração, que a raiva tem resultados negativos, então você responderá a partir do seus hábitos assim que alguém irritá-lo.

Meditação também significa permitir que a mente relaxe para que o conhecimento obtido na contemplação torne-se inseparável de você, assim como o chá penetrando na água quente. Se puder descansar nisso, é como se você tivesse costurado o remendo. Ele não cairá na menor perturbação. Seu entendimento torna-se mais do que um conceito; torna-se algo que você experiencia diretamente.

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