Estatística

14 de mai. de 2011

YOGA BRAZIL --- ORLANDO ORFEI




Memórias indomáveis de Orlando Orfei, o rei do circo

Trajetória do domador que completa 90 anos será tema de exposição, com acervo da família

Rio - O homem que já foi o maior domador de circo do mundo e que hoje tenta adestrar suas próprias memórias — na difícil luta contra o mal de Alzheimer e a falta que o picadeiro faz em sua vida — terá sua trajetória transformada em exposição. Em 2010, quando o italiano Orlando Orfei faz 90 anos, em 8 de julho, a também circense Ertha Orfei, 76, com quem é casado há 53 anos, planeja e busca patrocínio para um tributo ao marido.
Grande parte da fortuna foi perdida quando o parque de diversões da família Orfei, o famoso Tivoli Park, fechou, em 1995
“Quero fazer uma exposição com fotos, história e filmagens da trajetória de Orfei. Esse é o meu maior sonho”, revela Ertha. Todo o acervo do circo e do marido, desde a época em que viviam na Itália, está intacto, guardado num galpão da casa da família, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Além de fotografias antigas e das roupas de décadas no picadeiro, os antigos trailers da família circense ainda estão no quintal da casa com o material utilizado nas apresentações.

Numa cadeira da sala de casa, o domador relembrou momentos de glória, em que chegou a ser milionário. “Não tem dinheiro no mundo que pague os aplausos e o riso do público”, garante Orlando, que nasceu sob uma lona de circo e fez sua última apresentação há três anos no circo de um amigo. Há sete anos, ouviu os últimos aplausos do público no picadeiro do Circo Orfei.

Embora os milhões tenham se ido, a família hoje tem mais do que o necessário para viver. Mora numa casa espaçosa, mas sem luxo, como todo circense, e ainda mantém um apartamento em São Conrado. Grande parte da fortuna foi perdida quando o parque de diversões da família Orfei, o famoso Tivoli Park, fechou, em 1995. “Indenizamos mais de 130 funcionários. Perdemos muito dinheiro, mas não poderíamos deixar 130 famílias desamparadas”, explica a senhora Orfei, que, entre uma resposta e outra, olha para o marido para ter certeza de que ele não está precisando de nada. “Ele é o meu grande amor. Não é porque estamos velhos que o amor iria acabar”, explica.

Depois do fechamento do Tivoli Park, a família Orfei sofreu outro grande impacto: a proibição por lei do uso de animais em circo. Na mesma época, começavam a crescer os chamados ‘circos modernos’, nos quais as apresentações com artistas performáticos passaram a substituir os circos tradicionais. “Circo é circo e ponto final. Não existe essa história de circo moderno. Tem que ter animal, palhaço, picadeiro, domador”, defende Orlando, que, no circo, criou seis filhos, 11 netos e duas bisnetas.

Depois da lei, foi uma questão de tempo para que a família Orfei desmontasse a lona e aposentassem os trailers, caminhões e figurinos dos espetáculos em um enorme galpão em frente à casa de Nova Iguaçu.

Oito leões e dois elefantes, as paixões do domador, foram levados para um tratador. Durante anos, Orlando custeou do próprio bolso a alimentação dos animais. Segundo Ertha, só com os leões era uma fortuna diária de carne. “Cada leão come oito quilos de carne por dia. Ele sempre disse que, se os animais deram tudo o que ele tinha, ele daria tudo por eles também”, conta.

Homenagem do Papa João XXIII

A história do circo lhe rendeu muitas homenagens. Orfei foi condecorado pelo governo italiano como Cavaleiro Oficial da República e recebeu título de Cidadão Honorário do Rio de Janeiro, São Paulo e Goiânia. Mas a maior homenagem foi do Papa João XXIII, que o recebeu cinco vezes e disse em uma delas: “Orlando, o teu trabalho é um apostolado de paz, continua a levar ao mundo às famílias cristãs a alegria”.
“Sempre amei os animais. Minha forma de domesticá-los era conversando”, diz Orlando, que tem uma coleção de cicatrizes e perdeu o dedo anelar direito no ataque de uma leoa
De palhacinho a domesticador de feras

Com sotaque italiano ainda forte, Orlando lembra a primeira vez em que entrou num picadeiro. “Fui o palhacinho. Meu irmão me colocava dentro de uma calça grande. No picadeiro, ele punha a mão dentro da barriga e me tirava. Vestíamos a mesma roupa, só que eu era bem pequenino”, conta.

Aos 9 anos, tornou-se malabarista e na adolescência subiu no trapézio pela primeira vez, numa época em que não se usava rede de proteção no circo. “Um dia uma senhora perguntou o que aconteceria se ele desse um espirro no trapézio. Desde então, ele nunca mais foi trapezista”, diverte-se o amigo David Avelar, que trabalhou quase 20 anos com a família Orfei no circo e hoje ajuda o ex-patrão a recordar histórias.

A memória do domador não falha quando o assunto são seus leões. “Sempre amei os animais. Minha forma de domesticá-los era conversando”, diz Orlando, que, em 60 anos lidando com feras, fez uma coleção de cicatrizes e perdeu o dedo anelar direito no ataque de uma leoa.

A família Orfei veio para o Brasil em 1968 para duas apresentações, em São Paulo e no Rio, onde acabou ficando e montando sua primeira tenda. Mas nunca ficaram muito tempo em uma só cidade. “Nossa maior viagem durou seis anos. Fomos do Rio a Manaus, depois Boa Vista, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Chile, Argentina e voltamos ao Brasil”, lembra Ertha.

As décadas de 70 e 80 foram o auge. “Tivemos muito dinheiro compramos imóveis e vivíamos confortavelmente. Mas Orlando nunca quis saber de dinheiro”, lembra Dona Ertha. As duas filhas mais novas do casal chegaram a estudar dois anos na Suíça, mas a paixão pelo circo falou mais alto: “Assim que elas chegaram aqui, foram para o circo”.

13 de mai. de 2011

YOGA BRAZIL --- AS MÃES


A todas as mães que calam na hora certa.
Aquelas que perderam seus filhos,mas mesmo assim ainda tem muito amor para dar aos filhos dos outros.
Aquelas mães que choram quando estão felizes, que riem quando estão tristes, e que calam a uma dor maior.
A todas as mães que neste dia dedicam-se a cuidar não só da sua dor, mas também da dor de outros.
" Mãe maravilhosa, amorosa e acima de tudo mulher guerreira, implacável e adorável asimm tu és.
* Dedico as minhas tias e a minha mãe e principalmente a todas as mães grandiosamente belas deste imenso planeta. Parabéns!

                                         CONSAGRAÇÃO A NOSSA SENHORA

Ó minha senhora e minha mãe eu me ofereço todo a vós, e em prova de minha devoção para convosco, vos consagro neste dia, meus olhos, meus ouvidos, minha boca meu coração e inteiramente todo o meu ser. E porque assim sou vosso, ó incomparável mãe. Guardai-me, defendei-me, como filho e propriedade vossa.
                                                                     AMÉM